COMO FUGIR DOS CHATOS
Arte de Die Brücke
* O chato fala o que sente. De qualquer jeito. Nem escolhe o que fala. É preguiçoso. Não nos escuta e continua falando. Não se importa se estamos ouvindo ou não, quer falar. Qualquer coisa. Nada interrompe sua carência.
* O chato sempre diz que esqueceu de comentar alguma coisa. E nos prende até lembrar. E não era nada.
* O chato não conversa, dá palestra.
* O chato é um megalomaníaco sem importância.
* O chato é um vendedor sem produto.
* Além de não calar a boca, ele não nos permite ir embora, segura nosso ombro ou aperta o nosso braço.
* O chato sabe tudo, menos que é um chato.
* O chato força a tosse, o bocejo, o grito. Altamente inconveniente, é normal passar do ponto.
* O chato descreve suas dores, mas não toma nenhuma providência.
* O chato estraga o sagrado momento do café do trabalho, para pedir dinheiro ou favor.
* O chato atrapalha querendo ajudar. O chato não oferece conselhos, mas impõe condições.
* O chato conta a mesma piada de novo, ri sozinho e ainda faz comentários de como aquilo é engraçado.
* O chato não sabe o que fazer do seu tempo, e usa o nosso.
* O chato é um bajulador do bem e do mal. Incapaz de fazer um elogio sincero ou até uma reclamação honesta.
* O chato é sua mãe no pior dia mais a sogra no seu pior dia mais as tias solteironas mais a professora de Religião.
* O chato está a um passo de ser nojento. Não provoca pena, mas raiva.
Ouça meu comentário na manhã de terça (13/3) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina: