NÃO MISTURE OS TRAUMAS
Arte de Tim Burton
Em todo relacionamento é saudável evitar comparações.
Não é necessário comparar. Comparar é só criticar, colocar defeito, inventar um senão.
Quem ama deseja se sentir único, exclusivo, inesquecível.
Não quer se ver repetindo fatos, copiando lembranças, imitando os outros.
E nem digo comparar o atual com um ex que é caso para divórcio.
Jamais exponha: "Isso o meu ex também gostava", "Como você é parecido com meu ex", "Você faz igual ao meu ex".
Não. Não. Não. Impensável.
Intimidade não é grosseria, intimidade é educação.
Além do fantasma do ex, marido e mulher odeiam ser comparados com o pai e a mãe.
Não fale que seu marido é igual ao seu pai, ou igual à sua mãe.
Urticária na certa. Discussão na certa. É muito irritante se ver semelhante ao sogro ou a sogra. Por mais admiração que se tenha pelos dois.
É tragédia grega. É transformar a cama de casal em divã.
Ser parecido ao pai ou a mãe dela nunca é bom, é para indicar alguma censura ou uma amolação. Nunca vai ajudar o amor. Não é um destaque positivo. Não é um exemplo alegre.
Você estará lembrando os piores momentos de sua criação: ou chamando seu parceiro de conservador, de implicante, de autoritário.
Pai e mãe são um só. Assim como marido e mulher. Não misture os traumas. Cada um no seu tempo e no seu espaço.
Ouça meu comentário na manhã de sexta-feira (5/7) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Jocimar Farina e Leandro Staudt: