NECESSÁRIO DIZER
Arte de Antonio Pollaiuolo
Pretende ter um homem para chamar de seu? Renove seu vocabulário. Procure um sinônimo que não traga insegurança e medo da concorrência.
Homem é filho único do amor. Homem gosta de se se sentir necessário mais do que amado.
Não diga que é “melhor um pequeno brincalhão do que um grande bobalhão”, diga que seu equipamento é inesquecível.
Não diga que ele só pensa em trabalho, diga que ele é bem-sucedido.
Não diga que ele é grosseiro, diga que ele é selvagem.
Não diga que ele é tarado, diga que ele é saudável.
Não diga que ele complica, diga que ele exagera.
Não diga que ele é velho, diga que ele sabe tudo.
Não diga que ele é esquecido, diga que ele é distraído.
Não diga que ele é avarento, diga que ele é econômico.
Não diga que ele é um fracassado, diga que ele é humilde.
Não diga que ele é feio, diga que ele é sedutor.
Não diga que ele é simpático, diga que ele é charmoso.
Não diga que é prepotente, diga que ele é influente.
Não diga que ele é cafona, diga que ele tem estilo próprio.
Não diga que ele dirige mal, diga que ele é cauteloso.
Não diga que ele é chato, diga que ele não pára quieto.
E não diga nada durante o futebol, apenas durante o futebol.
Ouça meu comentário na manhã de sexta-feira (1º/3) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Daniel Scola: