O QUE TIRA UMA MULHER DO SÉRIO?
Arte de Alphonse Mucha
– Receber um beijo um pouco mais longo e concluir que ela quer sexo e ir descendo a mão;
– Deixar as tampas abertas dos potes;
– Elogiar pelo motivo errado: gostar do vestido que ela usa há três anos ou confundir a camisola de seda com roupa de sair;
– Não desembaraçar as peças antes de pôr na máquina;
– Não expor o que deseja fazer no final de semana;
– Nunca controlar a data de validade dos produtos na geladeira (não somente no supermercado);
– Debochar de tudo, não ter limite para a piada;
– Dizer que ela está ficando parecida com a mãe;
– Responder ok no fim de uma briga.
– Acreditar que as mentiras pequenas não são mentiras;
– Alterar o horário de um encontro e deixá–la esperando;
– Começar conversas paralelas com amigos e não explicar o que está falando;
– Rir do nada e responder que é nada;
– Submetê–la a reverenciar seu churrasco todo domingo.
– Demorar de propósito a retornar um torpedo ou uma ligação e responsabilizar o excesso de trabalho;
– Não trocar as cuecas da gaveta;
– Pedir para ela cozinhar com a justificativa calhorda de que “ninguém faz aquela comida como você”;
– Concordar rápido por preguiça. Dizer o que ela quer ouvir, não dizer porque acredita;
– Achar que declarar eu te amo uma vez ao dia é suficiente;
– Avisar que ela está em TPM fora do período da TPM;
– Esconder meias sujas nos tênis;
– Fugir das respostas objetivas;
– Armar festa com amigos em casa logo depois de uma briga;
– Pedir ajuda para procurar o que perdeu;
– Justificar em vez de assumir a culpa;
– Trocar de canal enlouquecidamente no momento do comercial;
– Disfarçar a falta de vontade na avareza. Aceitar participar de um passeio e reclamar de qualquer coisa, do preço do estacionamento ao preço do cinema;
– Fazer massagem nas costas com uma única mão, com aquela disposição de doente terminal;
– Regredir a dicção na presença da sogra;
– Almoçar na casa da família e sestear enquanto ela tem que entreter os sogros;
– Dirigir trocando música da rádio e com o celular no ouvido e ainda xingar os outros motoristas por distração;
– Nunca pensar duas vezes antes de ter ciúme e cometer injustiças;
– Pegar a lixa preferida de unha dela como material de construção;
– Isolar–se com o videogame para esfriar a cabeça, e jamais regressar ao convívio;
– Passar o telefone com alguém que ela nem tem intimidade;
– Chegar atrasado ao arrependimento. O amor é pontual. E o perdão cansa de esperar.
Publicado no jornal Zero Hora
Revista Donna, p.6
Porto Alegre (RS), 24/11/2013 Edição N° 17624
Porto Alegre (RS), 24/11/2013 Edição N° 17624