Blog do Carpinejar

SUNGA OU BERMUDÃO?

Arte de David Hockney


"Eu já fui fã de bermuda na adolescência, quando era surfista pelas roupas. Nem prancha tinha. Não me imaginava de sunga. Mas depois dos trinta, como não tinha mais jeito de ser bonito, eu me vi sem conserto. Sem conserto é a coragem dos feios.

Andar de sunga talvez seja uma virtude dos exibicionistas. Aqueles que não têm mais nada a perder. As bermudas sugerem um homem que ainda acredita na pose, na aparência e na reputação. Não pretende perder o que já tem ou arriscar a aparência de repente. Por isso, o jovem e o adolescente gostam tanto de bermudas – o futuro ainda é maior do que o passado. No meu caso, não adianta mais negar o passado.

Não suporto amigo de sunga branca. É o fim da raça masculina. O cara fica com jeito de Pantanal. Cafona, Julio Iglesias litorâneo. Só falta aparecer de roupão branco, garoto-propaganda de hidromassagem de motel.

A pretinha básica é para os iniciantes, tímidos das coxas, perfil pai de família.

Uso sungas coloridas e extravagantes, com desenhos e mapas, para distrair o volume das espectadoras praianas. É o mais próximo que cheguei de uma praia de nudismo."

Depoimento ao jornal Zero Hora
Confira a opinião de
Claudia Tajes, Xico Sá, Vanessa Barbara e Mario Prata
Caderno Donna, p. 07, Porto Alegre (RS), 14/02/20010

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