TORÇO PELO MEU AMOR
Por que a gente não luta por um amor como a gente luta pelo time de futebol? Por que a gente não tem a mesma paciência? Por que a gente não faz a mesma torcida esperançosa? Por que não desfrutamos da mesma garra?
Com o time de futebol, nunca deixamos de estar junto. Ele pode ir para a série C que permaneceremos frequentando o estádio e assistindo aos jogos.
Pode estar quebrado, falido, com salário atrasado, jamais largamos a bandeira, a carteirinha de sócio, a confiança do estádio.
Já com o amor , desistimos rápido. É só o nosso amor cair para a segunda divisão que o abandonamos. É surgir alguma dificuldade, alguma crise, algum contratempo, uma sequência de partidas sem resultado, que desejamos virar a casaca.
Com o time, nunca renunciamos nossa torcida. Nossa equipe pode estar jogando no inferno que continuaremos seguindo a caravana.
Já com o amor, é cair o padrão do jogo um pouco, e já pulamos fora.
Com o time, podemos esperar vários campeonatos, várias décadas, até ser campeão.
Já com o amor, não esperamos nem uma temporada.
Com o time, pedimos a troca de técnico.
Já com o amor, pedimos a falência do clube.
Se o amor fosse futebol, nosso relacionamento estaria salvo.
Torço pela Juliana como se fosse o Internacional, apesar dela ser gremista.
Ouça meu comentário na manhã de sexta (2/8) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina: