DILEMA
Arte de Marcel Duchamp
As pessoas são curiosas, engraçadas.
Quando nos separamos de alguém, elas não toleram o nosso sofrimento. Pedem para terminar logo o coitadismo, a dor, as ladainhas da angústia. Avisam que é hora de sair da depressão, abandonar a casa, procurar relacionamentos.
Mas quando nos levantamos e passamos a namorar de novo, elas reclamam que foi cedo demais, que parecia que não era amor, que não respeitamos o luto.
Os amigos estão a favor da nossa vida ou da vaia?
Não há casamento que não se faça no velório.
Ouça o que falei na manhã de sexta (6/9) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina: